Não tive muito tempo de pensar na vida hoje. Passei a manhã com a cabeça ocupada, organizando uns contratos. Aliás, digo de passagem, que mente desocupada é um terreno fértil para maus pensamentos.
Hoje, foi dia de ir ao médico, o que já me deixa muito tensa. Há pouco mais de três anos, não fazia diferença, mas depois que tive um câncer, consultas, mesmo de rotina, tornaram-se as horas mais longas e apreensivas da minha vida.
Como não vale à pena cultivar esse tipo de sentimento por nada neste mundo, decidi enfrentar de peito aberto, que nem o Oscar, por falar em Olimpíada. Se der pau, enfrento de novo. Mas não vai dar. Sinto que é apenas uma memória de medo remanescente daquele tempo.
A lição que tiro desses momentos é que nada pode trazer mais paz do que aceitar situações adversas. Não falo de conformação, pois esta acomoda e nos imobiliza. Refiro-me à crença de que tudo na vida passa, inclusive nós mesmos. Isto põe meus pés no chão, me possibilitando enxergar o sentido da vida.
Aceitar significa colocar as cartas na mesa, para tomar novas decisões, a partir do desafio proposto pela vida. Então, respiro fundo e reflito sobre mim, como anda minha forma de ver o mundo, minhas perspectivas e reorganizo tudo. É quando me sinto em paz, pois os medos voltam para seu devido lugar.
Resumindo: nada pode roubar a minha paz. Amém!
Imagem: Pixabay
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