quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Agitada

Meus hormônios estão à flor da pele. Cena típica de uma mulher com TPM. Um dia, você vai saber do que se trata. Por isso, fui meio rude pela manhã, antes de levar-lhe à escola.

Não há justificativa, porque você só merece amor, como sempre. Mas não consegui me controlar. Me desculpe.

Tentei correr para espairecer e até que consegui, mas meu pescoço pesava de tanta tensão. Dias como os de hoje precisam ser mais leves, porque os pensamentos tentam me levar para baixo.

Me preocupei com essa sua tosse constante há tanto tempo. Justo você, que sempre foi tão saudável!

Mais uma vez, o dilema da escolha de profissões me abalou. Tive medo de estar optando pela estratégia errada. Tudo bem! Posso consertar adiante. Mas o problema é que no momento atual estamos precisando de muita grana para pagar nossos imóveis.

Por falar neles, me irrita o fato de seu pai não tomar nenhuma decisão sobre a nossa casa, que está fechada, podendo estar alugada ou nos rendendo algum dinheiro de outra forma.

Me lembrei que já não canto mais e comecei a ficar triste pela ausência de música na minha vida. Antes de você nascer, eu ouvia muito todos os dias, em todos os lugares. Mas, infelizmente, este cenário mudou.

Tenho medo de ser privada de mais uma de minhas paixões. Para não ser interrompida, prefiro nem começar a cantar, já que todas às vezes você ou o seu pai me interrompem.

Sei que você quer e precisa da minha atenção e eu deveria encontrar uma forma de fazermos isso juntas. Mas seu pai lhe apresentou a Xuxa muito cedo e aí não dá para mim. Se um dia você for uma amante da música, como eu, entenderá o que estou escrevendo agora.

Também não ouço mais música porque a caixa de som do meu computador quebrou...

Depois de tanto pensamento negativo, não deu outra: chorei bastante. Minha cabeça latejava de dor. Precisei parar.

Tomei uma chá de camomila, com erva-doce e capim-cidreira, junto com um dorflex e dormi.

Plim! Acordei bem disposta e tive uma grande ideia: ligarei a caixinha da JBL no bluetooth e voltarei a trabalhar cantando.

Iuhuuuuuuu!!! Acabei de ligar! Uauuuuuuu... Estou ouvindo "Na veia da Nêga" da Luciana Mello. Você precisa curtir esse som!!!

Bom, depois dessa levantada de astral, só tenho a agradecer por tudo: pelas dificuldades, que me fazem crescer e pelas maravilhas como você, seu pai e tantos talentos que ganhei da vida.

Te amo muito!

P.S.: Você é minha fonte de inspiração para viver.

Imagem: Pixabay

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Irritada

Estava eu me preparando para tomar banho, brincando com você, quando o telefone tocou três vezes, uma atrás da outra. Depois, foi o celular do seu pai, que, por sua vez, já veio aperreado...

Era o vovô, quase desfalecendo de tanto chorar. Seu irmão, que estava no hospital, desde o dia anterior, havia falecido. Teve uma parada cardíaca.

Imediatamente, larguei nosso banho e corri para tentar estar na presença do meu pai o mais rápido possível. 

Coincidentemente, no dia anterior, conversei com o papai sobre o por quê do nosso tempo aqui na terra e comentei que a vida é foda. Não gosto desse tipo de palavra, mas era só o que me vinha na cabeça.

Não pedimos para nascer e ainda somos seres pensantes! Isto é o que mais me incomoda. Se eu fosse pelo menos uma flor ou algum animal que cresce, reproduz e morre sem ter a capacidade de pensar, talvez fosse menos doloroso, pois não teria noção do fim ou pelo menos este seria tão natural que a serenidade se esparramaria em plenitude, diante de qualquer sinal de morte.

Foi aí que comecei a me questionar… “Por que nos desesperamos tanto diante do fim, se este é o curso natural da vida? Choramos por quem? Pelo defunto ou por nós? Por que não encaramos essa realidade com a mesma alegria envolvida na celebração da vida? Será que temos é medo do desconhecido?”

Comecei a ficar irritada, por não ter controle sobre isso. O por quê dessa irritação??? Mais questionamentos...

A morte é para quem fica, afinal toda pessoa que morreu vai em paz. Pode ser a pessoa mais infeliz do universo. Quando morre, o semblante imediatamente perde as expressões e se pacifica. Então, choramos por nós, pelo medo da experiência que se aproxima.

Me irrito, porque não queria largar o osso, abrir mão de coisas materiais, perder tudo!!! A minha vida fecharia com chave de ouro se, após a minha morte, eu encontrasse um dia com você, o papai e todos os meus familiares. Mas não quero especular sobre isso. Nem daria!

Me irrito porque me ensinaram que estudar para produzir e dar dinheiro a alguém mais esperto, é o essencial. Me irrito, por não conseguir ter uma vida plena, porque estou perdida em meio a questões que foram levantadas aqui na terra, distantes do menor sinal de eternidade.

Me irrito, porque me disseram que o nascimento é bom tanto quanto a morte é ruim. Me irrito, porque meu pai teve a vida toda para conviver com o irmão e agora chora de desespero, por talvez não ter convivido o quanto desejaria. 

Me irrito, porque aprendi que tantas coisas tomam meu tempo, quando eu poderia estar desfrutando da sua presença e do papai. Me irrito, por ter abandonado minhas aulas de piano, porque me disseram que a vida só teria futuro se eu fizesse um curso importante na faculdade.

Me irrito, porque vou vivendo um dia após o outro, como se estivesse apenas esperando a vida acabar. Me irrito, porque não toco mais piano e cortei a música da minha vida, porque nunca me deu dinheiro suficiente para pagar minhas contas.

Me irrito, porque hoje não consegui dar um sentido à minha vida, diante de tantas verdades escondidas por trás de valores sociais tão efêmeros.

Me irrito, porque é difícil aceitar a morte como algo natural, que deveria me fazer pensar na essencialidade da vida.

Com certeza, tem algo errado.

Imagem: Pixabay

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Mal

Há um tempo, o universo vem conspirando ao meu favor, desde que comecei a tomar novas decisões, em prol da realização dos meus sonhos.

Por outro lado, até já mencionei anteriormente, sobre o turbilhão que se levanta na minha vida, todas as vezes em que eu decido caminhar para frente.

Desta vez, foi você a primeira a ficar doente e passou uma semana sem ir à escola. Depois, foi o seu pai e, por fim, quase que eu adoecia também. Mas, como já desconfio dessas artimanhas invisíveis das personalidades em questão, não me deixei abater. Tomei um chá que levanta até defunto, seguido de uma gororoba um suco verde, com tudo o que é vitamina que se possa imaginar.

Depois, encerrei a tempestade no copo d'água e lhe mandei à escola, afinal era apenas uma tossezinha. O papai, por sua vez, também caiu, mas logo se levantou com garra, mesmo doente.

Na semana seguinte, não deu outra: todo mundo fazendo o que tinha que ser feito sem vitimizações, afinal, a vida continua. Sempre!

Às vezes, tenho a impressão de que a mente nos prega peças. Diante de um desafio, a primeira sensação é de medo. Como não sabemos lidar com isto, inconscientemente, tentamos nos afastar. É quando o corpo sinaliza através de alguma doença.

Nunca vou ter certeza desses mecanismos, porque não sou uma pesquisadora do assunto. Mas algo me diz que precisamos ir além do mundo palpável, rumo às profundezas desse mar sem fim, chamado inconsciência, a fim de superarmos até o que não enxergamos.

Enquanto isso, como não temos superpoderes, recorremos à boa alimentação, para fortalecer o sistema imunológico e permanecermos firmes diante da batalha, estando com medo ou não.

Vamos que vamos!

Receitas:

Chá que levanta até defunto:

- Suco de 1 limão + casca;
- 1 dente de alho;
- 1 colher de café de gengibre em pó;
- Mel com extrato de própolis.

Joguei tudo na xícara. Em seguida, coloquei água fervendo e deixei em efusão por 15 minutos.

Suco verde:

- 1 folha grande de couve-manteiga;
- 1 polpa de tangerina;
- 1 colher de café de gengibre em pó;
- 200ml de água de coco;
- Suco de 1 limão;
- 1 colher de sobremesa de chia;
- 1 colher de sobremesa de linhaça;
- 1/2 maçã sem casca.

Bati tudo no liquidificador e tomei.

Imagem: Pixabay

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Determinada

Ultimamente, minha vida tem sido bem animada, desde que eu comecei a tomar atitudes de peso. A estas, refiro-me àquelas escolhas poderosas, cujo principal combustível é o foco. Sai da frente, que não tem pra ninguém!!!

Organizei todos os horários, para que eu pudesse atingir meu objetivo de vida. A tabelinha ficou linda, por sinal!

Como estamos financeiramente apertados, decidi arrumar o AP nos fins de semana, evitando gastar com diarista.

Pois bem. Chegou o domingo e me pus a arrumar, varrer, limpar... Vassoura, para que te quero!!! Durante o lelê a arrumação nada leve, pensei: Estou aqui, me obrigando a fazer coisas que não gosto, quando poderia estar produzindo, para ganhar dinheiro e poder pagar alguém para desenvolver esta atividade, com muito mais afinco do que eu.

Plim! Essa luz me veio, quando comecei a me perguntar quanto tempo eu passaria naquela situação e como aquilo estaria contribuindo para que eu atingisse minha meta de vida feliz.

Só fiz terminar a faxina do quarto e retornei ao meu propósito. É impressionante como é fácil desviar a atenção. Parece que me perco em inúmeros pensamentos desordenados e rapidamente, saio do foco.

Feliz com a eureka, sentei na minha cadeira e fui trabalhar, com garra e determinação.

Imagem: Pixabay

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Triste

Tudo começou quando inventei de arrumar a casa. Você está numa fase de querer roubar a minha atenção a todo custo. Eu sei, eu sei, eu sei! Você merece mais. Talvez, se eu disponibilizasse um pouco mais do meu tempo para estar com você, tal situação fosse menos frequente.

O problema é que faço muitas coisas, por inúmeros motivos. O primeiro deles é a sede de realização que tenho. Se não trabalhar, eu piro! O segundo é porque preciso pagar minhas contas. Já o terceiro está atrelado ao primeiro: luto, mais que tudo, pela minha emancipação. Sabe por quê? De novo, a ideia de insignificância entra em cena: me acho tão incapaz de produzir algo bom, que me propus o desafio de conseguir me emancipar, para provar que tenho poder de realização.

As marcas do desamor na alma de um indivíduo são severas e refletem em sua vida, sob todos os aspectos. Talvez, essa seja a origem do meu complexo de inferioridade. A partir daí, tudo o que faço, bem como todas as atitudes que tomo, se baseiam nele.

É muito provável que eu evite a convivência com você, exatamente porque me remete ao fato de ter sido abandonada, mesmo tendo pais. O vovô era totalmente ausente e a vovó era uma mãe presente apenas fisicamente, porém distante emocionalmente.

Cuidar de você, desde o seu nascimento, tem sido um peso enorme. Felizmente, graças ao meu processo de autoconhecimento, tem se tornado mais leve a cada dia, embora estar em sua presença me incomode, principalmente se eu estiver com TPM.

É estranho, mas deveria ser o contrário: já que fui abandonada, eu deveria desejar lhe dar justamente o que não tive. Mas não. A dor se manifesta, deixando-me impaciente. É como se não tivessem tido paciência comigo. Sei lá! É tudo tão obscuro.

Hoje, ao pedir que você arrumasse seu armário, utilizando toda aquela técnica da maternidade consciente, me abaixando, olhando nos seus olhos e falando baixinho, levei um baita beliscão na bochecha. Não me contive e bati em seu braço. Foi instintivo. Aliás, passei anos da minha vida agindo dessa forma, porque vivia apanhando do meu irmão, seu tio.

Como isso nunca tinha acontecido, imediatamente, você me lançou um olhar de sofrimento interno, com lágrimas nos olhos, porém, segurando o choro. Pude ver a dor que causei em seu coração. Começamos a chorar e você logo se afastou quando eu quis lhe abraçar para pedir desculpas.

Em seguida, desesperada, comecei a me perguntar, ainda chorando, como resolver essa questão. Como eu daria amor a você, se eu não o tive? Como lhe ensinar a ser amorosa, se eu mesma não sou? E se o problema não for esse? Como resolverei algo que não tenho certeza se realmente ocorreu?

O papai também sofre dessas consequências do desamor e também evita estar com você, embora faça o sacrifício. Mas é evidente que também é pesaroso para ele.

Então, o que será de você? Depois de ter derramado todas as lágrimas, recorri ao único recurso que só saberei de sua eficácia daqui a uns anos: a verdade.

Fomos conversar... Eu e seu pai não aprendemos a amar, porque nossos pais também não aprenderam e, portanto, não puderam nos ensinar. Nós estamos aprendendo juntos e você muito nos ensina, através desse seu jeitinho doce e sapeca. Mais uma vez, me desculpe.

É muito difícil escrever essas coisas, principalmente porque tento ao máximo lhe dar o amor que você merece. Entretanto, vivi rodeada de conflitos, procurando a minha verdade mais do que nunca e jamais me contaram. Deixo aqui, então, todos os registros, para que você entenda sua história e o quão amada você é por todos nós, eu, o papai, seus avós, seus tios e suas primas.

Nos abraçamos e voltamos à arrumação do armário, desta vez, brincando.

Imagem: Pixabey

domingo, 21 de agosto de 2016

Envergonhada

Tenho mania de temer o que eu mesma falo. Se os outros gostam, fico feliz. Do contrário, sinto-me ridícula e, por isso, me envergonho. Talvez, isso ocorra devido àquela ideia de insignificância, encarregada, como sempre, de me afundar. Por isso, fico a mercê do crivo alheio.

Desde que me entendo por gente que pensa, apresento esse comportamento. Hoje, ao identificá-lo, decidi me amar, porque minha vida só a mim pertence e ninguém paga minhas contas.

Estava cansada de me sentir mal por um julgamento que nem eu mesma sei se é verdadeiro, pois tenho grandes suspeitas de que ele se manifesta apenas na minha mente.

Ponto para minha liberdade! A partir de agora, posso até falar bobagem, mas serei livre para assumir a minha verdade, sem me envergonhar do que sou.

Imagem: Pixabay

sábado, 20 de agosto de 2016

Desanimada

Faz um tempo que venho dando uma reviravolta na minha vida, através da transformação de pensamentos negativos em positivos, gerando uma onda de otimismo e consequentes oportunidades batendo à minha porta.

Hoje, porém, tudo desandou ou ocorreu diferente do que tem sido o normal, melhor dizendo. Todos nós acordamos tarde. Você chegou atrasada na escola, depois de meia hora de peleja, tentando convencê-la de ir, mesmo estando sem vontade.

Em seguida, fui caminhar, já tarde, com o papai, que adora reclamar da vida. Quando voltamos, havíamos combinado de fazer compras. Sendo que eu tinha muito trabalho, o que logo desencadeou minha crise de indecisão entre o que seria prioridade naquele momento.

Optei por ficar trabalhando. Mandei um contrato e foi recusado. O outro que eu achava que já estaria praticamente fechado, a pessoa me veio com outras alternativas, prorrogando o prazo de fechamento.

Para completar, o almoço que havíamos combinado de ser em casa, para economizar, furou e, mais uma vez, fomos enricar o dono do restaurante, que, por sinal, está bombando. Bom pra ele! E eu???

O desânimo quis me pegar, mas ao perceber, tentei racionalizar o pensamento, dizendo a mim mesma, que essas coisas acontecem, fazem parte da vida e não são motivos para me deixar down, até porque são bastante insignificantes!
 
De tarde, eu havia me programado para brincar com você. Mas estava tão cansada mentalmente, que não consegui. Resultado: briguei com você e a deixei com seu pai.

"Sou uma péssima mãe." "Ela vai se sentir mal amada." "Estou transmitindo a ela, as marcas do desamor, que sofri." "O que será da minha filha?"

Definitivamente, esses pensamentos foram mais fortes do que eu, me deixando desanimada. Então, voltei a trabalhar, um outro contrato foi fechado, até que, no final da tarde, desci até o parquinho para brincarmos juntas e fiquei pensando:

Por mais que eu tente, nem sempre conseguirei me manter na crista da onda, até porque tenho hormônios que alteram inclusive minha forma de pensar.

Com isto, terminei meu dia em paz, por ter aceitado a minha condição naquele momento.

Imagem: Pixabay

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Produtiva

Sabe o que eu fiz? Foquei!

Mil coisas para fazer surgem bem na hora em que você se programa para realizar determinada atividade. É preciso muita força de vontade para evitar o desvio de atenção.

Hoje, você não foi à escola, motivo suficiente para desordenar todo o meu dia. Como tinha alguns compromissos, tive que dançar o samba do criolo doido para me desdobrar em duas.

Só de mentirinha! É óbvio que nesta minha nova vida não abro mais espaço para agonia, muito menos desespero.

Então, fiz o que pude: resolvi meus compromissos, com você do lado. É bem mais difícil, porque você ainda está numa fase muito serelepe, o que torna o dia bem mais divertido, mas nada impossível, desde que haja foco e objetividade.

Terminei o dia com aquela maravilhosa sensação de dever cumprido. Se o hoje bem vivido é a construção de um futuro pleno, cada dia, finalizado com metas batidas, é como se fosse o degrau de uma escada em cujo topo está o meu sonho e é para lá que eu vou!

Imagem: Pixabay

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Ansiosa

É impressionante como o simples planejamento da minha emancipação me causa crises de ansiedade.

Como agora estou bastante atenta aos meus sentimentos, consigo perceber os pensamentos que me levaram ao boicote próprio, durante boa parte da minha vida.

Pois bem! A ansiedade bateu na porta do meu estômago e comecei a me questionar sobre o porquê dela ter aparecido assim sem me avisar. Logo me veio à mente a síndrome de insignificância, ideia esta tão elementar, porém muito bem disfarçada ao longo dos anos.

Ora, com tantas oportunidades batendo à minha porta, é óbvio que me achar incapaz seria a primeira faísca de negatividade pronta para tocar fogo no meu juízo. Como estou numa fase de romper esses ciclos, logo percebi essa artimanha da minha personalidade, programada para não ter sucesso e reverti o pensamento.

Ponto para meu destino glorioso! Assim que matei a charada, respirei fundo, aliviada por ter subido mais um degrau rumo ao sucesso, tomei um capuccino, agradeci a Deus, mais uma vez, pela minha existência e sorri.

Imagem: Pixabay

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Entusiasmada

Estou em uma virada de ciclo.

Definitivamente, quando você inverte o sentido do círculo, trocando atitudes negativas, que lhe afundam, por aquelas que elevam, o universo conspira ao seu favor.

Já tinha ouvido falar disso várias vezes, mas nunca havia experimentado. Resumindo, é bem simples, assim: se você pensa besteira, entra em uma deprê. Se você reverte, pensando em coisas boas, pondo-as em prática, sua autoestima vai ao topo e tudo começa a acontecer.

Quanto mais assumo minhas responsabilidades como mulher, mãe, esposa e profissional, mais a minha vida se encaixa. Vislumbro meu destino. É tão leve e lindo! Me sinto entusiasmada, feliz, com a certeza de que me realizarei, como nunca.

Deus, obrigada pela minha vida, por o que sou e pelo meu destino.

Imagem: Pixabay

domingo, 14 de agosto de 2016

Agradecida

Não tive a mesma oportunidade que você está tendo. Meu pai trabalhou tanto, que esqueceu que tinha uma família, carente muito mais de afeto do que da provisão de bens materiais.

Por isso, não me canso de agradecer por ter conhecido o seu pai. Na sua melhor versão, ele abraça a nossa causa e parte pra cima, no quesito amor.

Nunca vi uma pessoa abrir mão de tantas coisas em prol da família. Eu e você temos ao nosso lado o melhor homem do mundo e nossa vida é bem melhor por causa dele!

Imagem: Pixabay

Confiante

Nada como uma boa reflexão!

Antes de ontem, passei o dia baqueada, consequência do alto nível de cobrança que eu me impunha, tanto física quanto emocionalmente. Percebi isto com bastante clareza, através da prática de esportes, que tem sido constante em minha vida, desde que decidi viver bem.

Ontem, acordei renovada. Parecia que eu estava renascendo. Sabe quando você tomas as rédeas da própria vida e assume tudo o que é seu, desde sua profissão, sua família... até sua missão? Isto me deu tanta confiança, que passei o dia com uma leveza, própria de quem joga fora todo o excesso de peso acumulado durante anos.

É impressionante como tudo começa a acontecer. Parece que a vida é uma engrenagem que funciona, a partir da tomada de consciência, que, naturalmente, nos leva à ação em prol da nossa missão.

Desde sempre, tive sinais de que eu preciso exercer a profissão que escolhi aos 13 anos: arquiteta. Já citei aqui, que não faço o menor esforço para conseguir projetos e a vida os manda para mim o tempo inteiro, desde que me formei, diferente da música, que nunca deu em nada.

O fato é que, ontem, ganhei mais projetos e não posso mais me paralisar em dúvidas: a vida quer que eu seja arquiteta e sinto que, de alguma forma, isto me levará à plenitude do meu ser. Tenho certeza que a música terá seu lugar mais na frente.

Abraçar o momento presente, agarrando as oportunidades que surgem, será o meu lema.

Carpe diem!

Imagem: Pixabay

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Exausta

Ontem, tive uma aula bastante puxada de treinamento funcional. Tudo bem ficar cansada, se não fosse a falta de respeito que tenho comigo mesma. Mas cheguei a pensar que estava doente, tamanha era a exaustão. Por isso, passei o dia deitada e não fui nem trabalhar! Momentos como estes pedem uma boa reflexão.

Nunca havia parado para pensar no quanto exijo de mim mesma, muitas vezes, ultrapassando meus próprios limites. A canseira de hoje me fez observar que estou sempre pondo meu corpo em situações extremas. Não sou atleta de alto desempenho e pratico atividade física apenas por necessidade, mas treino como se fosse competir em uma Olimpíada.

Faz tempo que não me sinto descansada, com o corpo leve. Isto significa que tenho imposto a mim mesma uma sobrecarga de responsabilidade demasiada em tudo o que faço, acarretando nesse mal-estar constante. Talvez isto explique as minhas dores na coluna e até mesmo a osteopenia, detectada no último exame que fiz.

Não me refiro ao exercício físico, mas à forma como desenvolvo qualquer atividade. Ou seja, trata-se da minha forma de ver o mundo e, como pensei nisto pela primeira vez agora, é tudo muito novo e não sei nem o que fazer para reverter um pensamento como esse. 

Talvez, relaxando mais. Não sei! Vou deixar a chuva molhar minha varanda e não vou fechar a esquadria. Ficarei só olhando... a água entrando... e eu, quem sabe, sorrindo.

Boa noite!

Imagem: Pixabay

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Alegre

Há algum tempo, venho tentando reservar um tempinho para organizar meus horários. Mas, com inúmeras prioridades, termino deixando essa tarefa de suma importância para depois e esta é sempre a pior decisão.

Por conta dessa desorganização, as horas passam, me atropelam e, quando menos espero, já estou fumaçando de impaciência com todos ao meu redor. Resultado: correria.

E quando, para complicar ainda mais a situação, surgem os imprevistos? Sai do meio, senão te derrubo!

Hoje, você estava meio adoentada e não foi para a escola, o que desorientou todo o meu dia. Por sorte, não precisei ir para a cozinha, porque fui convidada para um almoço em família, que terminou às 15:30h, horário que eu havia marcado um piquenique com as vizinhas.

Nessas alturas, eu já estava com dor de cabeça. Então, cheguei, subi, tomei um comprimido, peguei uma manga e desci.

A partir daí, foi só relax! Bate-papo com as vizinhas, cada uma com seu pimpolho. Rimos, corremos atrás das crianças, falamos da vida, dos maridos, das sogras...

Fiz esse breve relato só para dizer que minha vida está mudando. Estou conhecendo novas pessoas, me enriquecendo com as diferenças e deixando-me ser conhecida, fato completamente inusitado há um ano atrás.

Com isso, termino meu dia com alegria e paixão pela vida simples, aquela que não precisa morrer de trabalhar para obter conquistas aquém do que realmente importa: amar e ser amada.

Imagem: Pixabay

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Em paz

Não tive muito tempo de pensar na vida hoje. Passei a manhã com a cabeça ocupada, organizando uns contratos. Aliás, digo de passagem, que mente desocupada é um terreno fértil para maus pensamentos.

Hoje, foi dia de ir ao médico, o que já me deixa muito tensa. Há pouco mais de três anos, não fazia diferença, mas depois que tive um câncer, consultas, mesmo de rotina, tornaram-se as horas mais longas e apreensivas da minha vida.

Como não vale à pena cultivar esse tipo de sentimento por nada neste mundo, decidi enfrentar de peito aberto, que nem o Oscar, por falar em Olimpíada. Se der pau, enfrento de novo. Mas não vai dar. Sinto que é apenas uma memória de medo remanescente daquele tempo.

A lição que tiro desses momentos é que nada pode trazer mais paz do que aceitar situações adversas. Não falo de conformação, pois esta acomoda e nos imobiliza. Refiro-me à crença de que tudo na vida passa, inclusive nós mesmos. Isto põe meus pés no chão, me possibilitando enxergar o sentido da vida.

Aceitar significa colocar as cartas na mesa, para tomar novas decisões, a partir do desafio proposto pela vida. Então, respiro fundo e reflito sobre mim, como anda minha forma de ver o mundo, minhas perspectivas e reorganizo tudo. É quando me sinto em paz, pois os medos voltam para seu devido lugar.

Resumindo: nada pode roubar a minha paz. Amém!

Imagem: Pixabay

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Simplesmente, bem!

Não sou coach, nem psicóloga, muito menos analista ou algo do gênero, embora admire muito essas profissões. Apenas relato minha experiência de transformação interior, para que fique registrado aqui o meu caminho de liberdade.

Este blog funciona como uma terapia, já que escrevo todos os dias sobre meus sentimentos e termino detectando alguns pensamentos que podem me levar para baixo, emocionalmente.

Pois bem. Diariamente, lhe observo e vejo o quanto você é doce, adorável, alegre, inteligente e brincalhona.

Hoje, me veio uma lembrança recente, mas que eu nunca havia parado para analisar: onde chego, as pessoas dizem que você é a minha cópia. Sendo que, por algum motivo, nunca me achei boa o suficiente, embora esteja me amando mais de uns tempos para cá.

Será que eu, quando pequena, era como você e o meio em que vivi foi me fazendo crer que eu não sou uma boa pessoa? Talvez! O que tenho percebido é que, independente do passado, posso tomar as decisões que eu quiser.

Recentemente, me propus um exercício diário, que consiste em provar a mim mesma que posso ser boa, através de atitudes para com as pessoas próximas: seu pai, você ou alguém que cruze o meu caminho.

Essa tem sido uma experiência libertadora. Nem sempre consigo ser dócil. Mas quando sou áspera, imediatamente, me lembro que posso optar por agir de outra forma e, na próxima vez, consigo colocar em prática.

Tem me feito tão bem, de forma tão simples, que me sinto em paz, pelo quarto dia consecutivo.

Carpe diem!!!

Imagem: Morguefile

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Feliz!

Hoje acordei feliz e renovada, disposta, pronta para ganhar a vida. Sabe o que eu fiz?

Me perdoei; fui tolerante comigo mesma; cortei todos os pensamentos negativos que ousaram se levantar durante o meu precioso dia; convivi com pessoas novas, disponibilizando toda minha atenção a elas; brinquei com você e seus amiguinhos; bati altos papos com seu pai sábio; agradeci por cada momento; dormi de tarde e descansei; acordei; fui comer pizza; escrevi para você, que está lendo este post e fui dormir.

Deus, obrigada pela minha vida e por todos que a floreiam.

Boa semana!

Imagem: Pixabay

domingo, 7 de agosto de 2016

Culpada

Tudo começou quando meu pai me ligou pedindo que eu fosse buscá-lo para a festinha de aniversário da minha sobrinha. Que mal há nisso? Nenhum se eu não fosse vizinha da minha irmã e ele não morasse a 20 minutos da minha casa, além de outros detalhes do passado que imobilizam toda e qualquer boa vontade da minha parte.

Ele poderia pegar um táxi. Sendo que, por algum motivo, ele morre, mas não anda de táxi. E o que é que eu tenho haver com isso? Nada! Problema dele. Por isso, não deveria me importunar pedindo esse tipo de favor.

Meus pais são craques em despertar o sentimento de culpa que há em mim. Mas vem cá, qual o filho que não se sente culpado em recusar favor a um pai ou uma mãe?

Isso me irrita porque, ao me sentir culpada, me sinto também uma megera, que abandona os pobres e coitadinhos dos pais. E é só o que me dá vontade!

Na verdade, não tenho o menor interesse em ajudá-los e odeio quando me pedem favor, porque, no fundo, sabemos que estão é me sequestrando emocionalmente.

Meus pais passaram a maior parte de suas vidas brigando. Eu e minha irmã estávamos constantemente em território de fogo cruzado, no meio de suas brigas, tentando evitar que eles se matassem.

Passei parte da minha infância e toda a adolescência vivendo nesse inferno, que até hoje me deixou sequelas, as quais me fazem travar uma luta interna todos os dias, para tentar me convencer de que vale a pena viver. 

Não preciso nem citar que tenho uma síndrome de insignificância, que faz com que eu me esconda do mundo. Também carrego um complexo de inferioridade que costuma lembrar-me o quanto sou a pior pessoa do mundo. Autoestima? O que é isso mesmo?

E ainda tenho que ter apreço por essas pessoas? Pior ainda é que eu já tentei acabar com a própria vida e, para completar o desfecho da tragédia, tive um câncer.

Escrevi tudo isso para dizer que a simples negação de um favor a meus pais, me fazem pensar que terei outro câncer, de tão deprê que fico. Isto me aterroriza e é o suficiente para todos os fantasmas da perdição começarem a rondar na minha cabeça.

Mas como meu objetivo com este blog é dar a volta por cima, ao detectar esses sentimentos tenebrosos, quero registrar aqui que amanhã é um novo dia e eu descobri que tenho cartas na manga: autonomia de escolha.

Portanto, não serei refém de situações, muito menos de pessoas que me prendem a um passado injusto. Desejo a felicidade de todos eles, contanto que permaneçam bem longe de mim, lá na PQP, se for o caso.

Imagem: Pixabay

sábado, 6 de agosto de 2016

Grata

Sabe quando você sente uma coisa boa no ar? Há dois dias, tenho acordado assim. Sabe o que eu fiz? Nada! 

Estou brincando! Tenho observado que nós somos o ponto de partida. Parece que as coisas começam a caminhar para frente, ao tomarmos alguma iniciativa, por menor que seja. Isto é, quando vivemos.

Viver é acordar todos os dias, sentir-se grata pelo sol que me dá bom dia, adentrando meu quarto; abraçar você, que ainda dorme na minha cama, porque ainda estamos apertados para projetar seu novo quarto; olhar para o meu marido e ver o quanto ele é lindo; curtir o AP novo, que ainda está todo bagunçado, com as coisas fora do lugar, pelo mesmo motivo de você dormindo no nosso quarto; abrir o Instagram e ver como existem boas pessoas no mundo, com a melhor das intenções, em compartilhar gratuitamente algo que sabem, sentem e acreditam e por aí vai.

A melhor forma de estar feliz é aquela em que estamos alegres até pelas pequenas coisas do dia-a-dia, como o sorriso de qualquer pessoa que passa por nós, dando bom dia.

Bon jour!!!

Imagem: Pixabay

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Pensativa

Quando tudo terminar, algo ainda restará? Apenas lembranças de um tempo que poderia ter sido bom ou será que tem algo mais?

Mágoas enterradas com quem se foi, fazem renascer fantasmas ainda mais assustadores para quem fica por aqui.

Portanto, antes que o dia termine, é bom limpar a casa, jogando fora todo o entulho. Rancores e más lembranças, para o lixo imediatamente.

O perdão nos presenteia com boas atitudes, que servem como doses homeopáticas para elevar ainda mais a alma. Bondade se aprende praticando.

Imagem: Pixabay

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Ainda mais perdida

No post de ontem cheguei à conclusão de que deveria seguir a carreira que a vida me manda e ter um hobby. Mas, desde que comecei este blog, não quero parar de escrever. Fico doida para escrever o próximo post.

Das duas uma: ou estou precisando de terapia urgente ou adoro escrever e não sabia. Será que eu deveria era viver de blog???

Estou passada! Parece que sim!

Sacou aí o tamanho do meu dilema?

Imagem: Pixabay

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Perdida

Achei um Insta, cujo título é a seguinte pergunta: “Onde você tem paixão?"

Já faz um tempo que venho me fazendo esta pergunta. Ao contrário de muitos, não sou aquela pessoa que pensa não ter talentos. Pelo contrário, os tenho até demais. Por isso, fico indecisa na hora de escolher um para seguir na vida. Já li em alguns lugares que você pode fazer muitas coisas diferentes. Mas tenho minhas dúvidas. Com a vida tão cheia de afazeres, como hoje em dia, acho difícil você exercer mais de uma profissão.

Mas o meu grande problema é exatamente essa questão da paixão. Às vezes, fico tão desanimada com minha indecisão, que a paixão se apaga e me sinto perdida. Calma! Eu explico.

Desde muito pequena, vivi em um meio musical muito intenso. Aos 10 anos, fui estudar piano. Amava! Passava horas em um quarto fechado, treinando, ensaiando, descobrindo novos sons e compondo. Era a única coisa que eu gostava de fazer na vida, tanto que odiava estudar qualquer coisa que não fosse música. Não preciso nem comentar sobre meu desempenho escolar, né!

Mas tenho que escrever… Culminou com a minha reprovação do segundo ano, aos 16 anos. Chorei desesperadamente, com medo do meu pai me deserdar, já que passou a vida toda exigindo arduamente que eu estudasse. Resultado: larguei o piano para me dedicar ao colégio e tentar mostrar ao meu pai a mim mesma, que eu era capaz de passar direto. Ainda fiquei de recuperação em duas matérias, mas passei, ingressando, em seguida, no pré-vestibular.

Obviamente, não passou pela minha cabeça fazer faculdade de música, porque fui programada para jamais acreditar nisto como uma profissão. Como eu gostava de construir casas, brincando de lego e ficava encantada com maquetes, decidi fazer arquitetura.

Ao contrário da época de colégio, recuperei o tempo perdido e me formei com uma boa média global. Comecei a trabalhar e, paralelamente, fui estudar canto no conservatório. Para minha surpresa, surgiram vários convites para cantar, dar aulas, formar grupos vocais, etc. Mas, infelizmente, eu não podia acreditar em nada disso. Continuei sendo arquiteta. 

Você nasceu e larguei tudo com a desculpa de que iria me dedicar em tempo integral. Mas no fundo, eu queria era me encontrar. Comecei a escrever e vi que gostava. 

De lá para cá, muitas águas rolaram. Decidi cantar em cafés. Cantei tanto, que enjoei. Como??? Mas não era o meu sonho? 

Pois é! O buraco é bem mais embaixo. Eu sempre cantei tendo certeza de que todos estavam odiando a minha voz, mesmo quando aplaudiam. Como é, então, minha Nossa Senhora da Autoestima, que a pessoa vai ter o prazer de cantar? É claro que parei, porque não aguentava mais.

Ao mesmo tempo, investi tudo o que tinha na música e nunca obtive retorno. Embora as pessoas aplaudissem, pedissem cartão e meu CD, tudo isso nunca deu em nada. Fui contratada pouquíssimas vezes. Continuei sendo arquiteta.

Eis o meu dilema: A vida vive me mandando trabalhos de arquitetura, sem que eu faça o menor esforço e nada de música. Eu poderia entender isso como um sinal: seja arquiteta e tenha a música como um hobby. E eu nunca tentei fazer isso?

Sendo que, ao me dedicar à arquitetura, excluo a música da minha vida e fico morrendo, com dores de cotovelo.

Hummm... Acho que enxerguei duas coisas agora, que talvez me ajudem a trilhar meu caminho de liberdade:

- Eu tenho é que me livrar, urgentemente, da síndrome de insignificância o quanto antes;
- Preciso organizar meus horários para ser arquiteta e fazer algo relacionado à música, sem excluí-la.

Espero me encontrar!

Imagem: Pixabay

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Indignada

Definitivamente, eles pensam que ela é uma formiga, barata, mosca ou qualquer outro inseto que se atola em doces.

Você entra na loja de brinquedos... pirulito. 
Vai comprar uma roupa para a criança... pirulito. 
Sai do brinquedinho... pirulito. 
Cortar o cabelo... pirulito. 
Fazer as unhas... pirulito. 

Até no salão de beleza, que não é nem infantil, basta você entrar com a criança que o povo já oferece o maldito pirulito. Não vou nem citar as festinhas de criança... Pirulito, jujuba, bombom e todo esse mundo da perdição do açúcar encantado.

Vem cá... O mundo é um pirulito ou eu que não tive infância? Alguma mãe por aí?

Sinceramente, essas bolsinhas que dão como lembrancinha nos aniversários infantis, entupidas de porcaria doces, são o cúmulo da falta de criatividade. Depois, cria-se o mito da criança que come mal. Claro! Só tem adulto cego e infantilizado por perto!!!

Gente, quem foi que disse que crianças adoram doces? Me pergunto se elas realmente são desesperadas por eles ou se são os adultos mal resolvidos aí da vida, carentes, que precisam conquistar o mínimo da atenção desses seres brilhantes. Está explicado, né!

Conheço uma que antes de ser introduzida ao mundo dos doces, era alucinada por aquela linda bolinha vermelha, chamada tomate cereja. Não podia ver um bró-bró (brócolis), que o atacava. Aí chega um adulto besta e apresenta o doce. Detalhe: não só o apresenta, como faz toda uma cerimônia de abertura, como se o doce fosse o elixir da longa vida. Qual a criança que não vai se deslumbrar? A expectativa em torno da reação da criança ao ganhar o mimo também é fenomenal.

Conheço outra que nunca passou da frutose, é uma criança absolutamente feliz e adora comer frutas e verduras. Obviamente, ainda não tem nenhum desses adultos por perto. Mal sabe a mãe sobre a batalha que vai travar quando a filha começar a entrar no mundo social.

Não sou contra adocicar a vida de vez em quando. Até saio nos fins de semana para comer uma torta, tomar um sorvete ou algo parecido. O problema é o excesso e a consequência me irrita. Depois quem tem que aguentar a criança com dor de barriga, empachada e com prisão de ventre são os pais. Fora que o povo não quer nem saber e a bugiganga aparece bem na hora do almoço ou do jantar. Não preciso nem dizer o resultado.

Não me lembro de ter comido tanta porcaria quando era pequena e nem por isso fui infeliz, até porque subir nas árvores, andar de bicicleta e brincar de pega-pega são as melhores lembranças que tenho da minha infância genuinamente divertida.

Imagem: Pixabay

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Apaixonada

Abracei meu marido lindo, que eu amo tanto. Senti aquele calor humano, misturado com o cheiro do seu perfume. Fiz carinho em suas costas, nos demos as mãos e saímos andando, por aí.

Depois, nos sentamos em um banquinho e ele foi me contar umas histórias engraçadas dos seus colegas de trabalho. Dei tanta gargalhada, que chorei. Não sabe aquelas crises de riso que você fica fraca? Pois foi assim.

Dizem que casamento não é tão ruim. Morrer queimado é pior! Kkkkkk... Eu já quis sair correndo em alguns momentos e até entendo o porquê desses enquadramentos, de certa forma. Mas, como tudo na vida, há o lado bom e o ruim.

O que não gostamos é do autoconhecimento. Gente, não tem coisa mais dolorosa do que olhar para si mesmo e enxergar o próprio erro. Por outro lado, também podemos contemplar a belezura que somos, quando nos percebemos capazes de amar outra pessoa.

Em todo e qualquer relacionamento, a convivência com o outro nos põe de frente para um espelho e passamos a nos ver com lentes de aumento, seja entre pais e filhos, marido e esposa, amigos ou colegas de trabalho.

Com filhos, entendemos que são criaturinhas em aprendizado e tentamos dar um desconto, embora a paciência esteja à beira de um colapso na maior parte do tempo. Com os amigos e colegas de trabalho, podemos nos distanciar, até que a mágoa evapore. Já no casamento, a convivência é bem mais intensa, aumentando as possibilidades de atrito.

Tenho quase dez anos de casada e já pensei em me separar do meu marido, mesmo ele sendo o melhor homem do mundo. Mas quando me imagino convivendo com a solidão… Terrível!!! 

Então, vale o ditado: “Ruim com ele. Pior sem ele.” Tristeza pura também! Não deve ter situação pior do que ficar com alguém por medo de estar só.

O que nos resta, então??? Segredinhos básicos da vida: 

- Construção. Diária! Além da noção de que a vida não é balinha de caramelo na boca;
- Descobrir o amor próprio.

Não conheço ninguém que obteve sucesso, em seja lá o que for, da noite para o dia. Tudo se constrói. Isto vale para os relacionamentos.

Também nunca ouvi falar de alguém que chegou em algum lugar se odiando. Se você não acredita em si mesmo, na sua capacidade de amar, como vai colocar isto em prática? Complicado, né!

Portanto, para continuar sentindo tesão, depois de um bom tempo ao lado de alguém, é preciso comer uns quilinhos de sal juntos. Mas eu também diria que saborear umas barrinhas de chocolate ao longo do tempo, ao lado do seu melhor amigo e companheiro, faz o tesão ser ainda maior, se é que você me entende.

Resumindo: casamento não é moleza, mas é bem melhor do que morrer queimado sim! Brincadeiras à parte, mesmo com todas as dificuldades que já passei até hoje no meu casamento, digo sem sombra de dúvida que minha vida é infinitamente melhor, porque o tenho ao meu lado. É ele quem me impulsiona todos os dias a ser a mulher que sonho ser... E ainda me dá tesão!

Imagem: Pixabay